O ano de 2017 marca o início da implantação da nova metodologia do Programa ReDes, uma iniciativa desenvolvida em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e que já está sendo testada em localidades-piloto.

Nova metodologia chega a diversas localidades

Desde sua criação, em 2010, o ReDes foi se desenvolvendo e acumulando resultados, experiências e desafios que trouxeram para perto novos parceiros. Um deles foi o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que chegou em 2015 com o interesse e apoio voltados para o funcionamento e aplicação da metodologia do programa. Agora em 2017 o estudo e a construção de uma nova forma de chegar às localidades e conduzir os projetos e negócios viraram realidade.

Após um período de avaliação e pesquisa do programa, foi construída junto com o BID uma metodologia de implementação que, neste ano, vem sendo testada em localidades-piloto. A perspectiva é estabelecer essas diretrizes em todo o programa a partir de 2018. Os elementos dessa nova forma de conduzir o ReDes convergem para um objetivo principal, que é possibilitar novos projetos e soluções de acordo com a realidade de cada localidade e grupo produtivo para os negócios que já estão recebendo o apoio.

Fazem parte da experiência-piloto as seguintes localidades:

  • Niquelândia (GO)
  • Miraí (MG)
  • Alumínio (GO)
  • Laranjeiras (SE)
  • Nossa Senhora do Socorro (SE)
  • Paracatu (MG)

Confira a lista de completa das localidades por onde o ReDes já passou e onde continua atuando com negócios inclusivos.

O que muda com a nova metodologia?

Com as mudanças propostas pela nova forma de atuar nos territórios, esperam-se ganhos em eficiência e eficácia de processos, rumo a resultados efetivos. Nessa linha, quatro elementos se destacam e mostram como o programa pretende atuar mais focado nas necessidades de cada negócio. Confira o quadro resumido preparado para apresentar a nova metodologia:

Elementos Como é Como fica
 

Gestor Interno

 

Papel desempenhado pelas consultorias que atuam nas localidades, com apoio das empresas. O profissional tem um perfil mais generalista. A visita ocorre normalmente de 15 em 15 dias. Profissional com experiência na cadeia produtiva do negócio, contratado pelo grupo e selecionado em conjunto com o IV, levando em conta a maturidade do projeto/negócio. É sua responsabilidade capacitar o grupo produtivo, acompanhar a implementação e fazer a interface com a equipe administrativa. Presença diária de meio período.
 

Banco de Especialistas

 

Não é uma exigência do programa e, apenas em casos específicos, ocorre a contratação de um especialista. O profissional é selecionado conforme as demandas de cada projeto/negócio. Seu trabalho é pontual e acontece onde for acionado devido a demandas técnicas mais complexas, atuando por período determinado.
 

Equipe Administrativa

 

Os consultores e assessores locais cuidam junto com os grupos da parte administrativa relacionada ao programa em parceria com os profissionais do projeto/negócio. A proposta é deixar o grupo produtivo focado em seus desafios de gestão do negócio. Sendo assim, o gestor interno enviará as documentações solicitadas para a equipe administrativa que cuidará de todas as exigências burocráticas do programa, como GPSV, cotações e aprovações.
 

Régua de Maturidade

 

Não existia. A entrada de novos negócios passa por um modelo de avaliação com uma análise integrada de aspectos sociais e econômicos. Após a seleção, ele é avaliado de acordo com a finalização de cada um dos quatro eixos da implantação dos planos de negócio. Ferramenta essencial que avalia questões de interação, edificação e organização dos grupos. É utilizada durante o processo de entrada, desenvolvimento e finalização de um projeto. Unida a análise de viabilidade econômica e social é utilizada para avaliação dos projetos na seleção e, posteriormente, na aceleração para diagnósticos mais assertivos em menos tempo.


Entenda a Régua de Maturidade da nova metodologia

A Régua de Maturidade é a principal ferramenta utilizada pelo ReDes para a avaliar o estágio em que se encontra um projeto sob a ótica de organização, sistema de gestão e modelo produtivo. Dentro da nova metodologia, esse instrumento é ponto determinante para outras decisões como escolha do gestor interno, tipo de especialista, continuidade do investimento de acordo com a chance de sucesso, entre outros.

Entenda em que momento do ciclo de projetos a avaliação de maturidade acontecerá:

=> MOBILIZAÇÃO

- Mapeamento de entidades de interesse

- Reunião de apresentação do programa

- Inscrições simplificadas

=> SELEÇÃO

- Primeira seleção

  • Avaliação de maturidade

- Segunda seleção

- Construção coletiva do Plano de Evolução

  • Avaliação de maturidade

- Terceira Seleção

=> INCUBAÇÃO/ACELERAÇÃO

- Avaliação semestral do Plano de Trabalho

  • Avaliação semestral de maturidade

- Seleções semestrais contínuas

Sustentabilidade de negócios inclusivos

Com o intuito de desenhar estratégias mais personalizadas para cada projeto e pensando em maneiras de garantir a sustentabilidade dos negócios apoiados, o Programa ReDes desenvolveu uma matriz que permite avaliar os resultados dos negócios inclusivos e estabelecer a estratégia que deve ser adotada para cada grupo produtivo.

Assim, criou um checklist com o objetivo de facilitar a mensuração dos cinco critérios principais que devem ser acompanhados nos negócios inclusivos: governança, processo produtivo, comercialização, gestão do negócio e regularização do negócio.

Com essa novidade, o tema fica muito mais claro para todos: gestores, consultores e representantes dos projetos e negócios poderão saber em que nível se encontram as iniciativas apoiadas e quais os indicadores que os levaram até tal estágio. Em breve, todos os participantes do ReDes receberão um material explicativo sobre o assunto.