Tocantins é o estado mais novo do Brasil, emancipado do norte de Goiás em 1988. O nome do território, do tupi “bicos dos tucanos”, foi herdado de um dos maiores rios encontrados na região. Para os pescadores do município tocantinense de Xambioá, no entanto, é outro curso d’água que garante o seu sustento: o rio Araguaia - que também atravessa Goiás, Mato Grosso e Pará.

Sediada nesta pequena localidade, com apenas 12 mil habitantes, encontra-se a Colônia de Pescadores do Estado do Tocantins. Por meio do Projeto Renascer, desde 2013, a entidade é beneficiada do Programa ReDes – iniciativa do Instituto Votorantim, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A localidade integra as ações de estratégia social da Votorantim Cimentos.

A Colônia aguarda agora a inauguração do Entreposto de Peixe, que vai permitir o beneficiamento dos pescados (limpeza, filetamento e congelamento) para agregar valor à produção local e gerar mais empregos. Sua história teve início em 1990, a partir da união de pescadores locais. Oito anos depois, com a realização de cursos profissionalizantes, seguiram juntos como cooperativa e, com o avanço, chegaram a 220 cooperados em 2008.

Atualmente, a colônia trabalha com o comércio do peixe in natura. Com o entreposto em funcionamento, não apenas os membros da colônia serão beneficiados, como também pescadores e piscicultores locais, fortalecendo a região. A estrutura vai possibilitar o comércio dos produtos já limpos e congelados, com alto valor agregado, além de novos clientes, como restaurantes e hotéis.

O volume de peixes produzido hoje em dia varia de 6 a 8 toneladas por mês. Os pescados são comercializados inteiros, ou seja, vendidos por preços menores. Tucunaré, pacu, curimatã, piranha e peixe-cachorra são apenas alguns dos 18 tipos encontrados no Araguaia. “Com a nova instalação, esse número deve aumentar para 80 toneladas”, comentou Miguel Albino de Oliveira, presidente da colônia.

Os pescadores aguardam apenas a instalação da rede elétrica para abrir as portas da nova sede. “Já temos os equipamentos e o espaço - agora só falta a energia para o frigorífico”, contou.

Além do Araguaia

A pesca é uma das principais atividades econômicas de Xambioá. Para Miguel e os demais, unir os produtores para criar a colônia de pescadores foi uma das alternativas para gerar mais valor aos peixes locais.

Além de Xambioá, o pescado segue para Araguanã, Araguaína, Gurupi, Marabá e Palmas, ainda no Tocantins, e Pau D’Arco, Piçarra e São Geraldo, no Pará. E Miguel espera seguir avançando.

Otimista, ele afirma que expandir a produção e distribuição só vale a pena quando o ganho é para todo mundo. “O crescimento precisa ser igualitário, senão não compensa. Espero que cada pescador consiga garantir seu sustento e a melhora na qualidade de vida”, finalizou.

#TodosGanhamAutonomia

Em parceria com as empresas da Votorantim, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Programa ReDes tem por objetivo contribuir com o desenvolvimento sustentável. A ação integra o Eixo de Dinamismo Econômico do Instituto Votorantim. Acompanhe-nos também pelo Facebook, Twitter e YouTube.