A paineira barriguda é uma árvore presente na flora brasileira em diversas regiões. Seu nome científico, Ceiba speciosa, também batiza a Associação de Produtores da Agricultura Familiar do Assentamento Caeté, no município de Diamantino, no Mato Grosso.

Criada em 2012, a Ceiba é uma das organizações apoiadas pelo Programa ReDes – iniciativa do Instituto Votorantim, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e da Votorantim Cimentos na localidade.

Atualmente com 15 famílias, a associação trabalha com foco na produção de hortaliças e frutos de maneira agroecológica, ou seja, toda a produção é livre de agrotóxicos e feita com melhor manejo do solo. Um dos membros da Ceiba, Antonio Augusto Marques Martins, explica a atuação do grupo dentro do conceito: “É um tripé constituído por três eixos: ambiental, social e econômico. Vai além da produção orgânica. O contato com a terra e o bem-estar do agricultor são fundamentais”.

A história da Ceiba começou em 2009, quando as famílias de agricultores começaram a coleta de sementes da flora nativa, com foco na revitalização de áreas na microrregião.

Em maio de 2012, foi instituído o Novo Código Florestal (lei nº 12.651), que, dentre outras obrigações, prevê medidas mais sustentáveis na produção florestal. O texto prevê o manejo e o plantio para a revitalização da fauna e flora, sob responsabilidade de diversos setores da sociedade. A revitalização e a gestão florestal compartilhada nas áreas de atuação é crucial às indústrias, empresas, agropecuaristas e pequenos agricultores.

Desta forma, em 2014, a Ceiba passou a integrar o programa Redes do Xingu, que incentiva o cultivo de floras nativas para comercialização de sementes do Cerrado para todo o Brasil.

A virada ocorreu em 2015, com a chegada do Programa ReDes na localidade. “O ReDes chegou para fortalecer o nosso trabalho dentro da agroecologia e possibilitar melhores condições para o desenvolvimento das nossas atividades dentro de comunidades rurais”, afirma Antonio. Desta forma, a Ceiba passou a receber aportes do programa para desenvolver o projeto “Resgatando o Sistema da Policultura”.

Produção Agroecológica

No Assentamento Caeté, as principais atividades econômicas dos moradores são a produção leiteira, acompanhada da criação de gado de corte, e o arrendamento de terras para o cultivo de soja. Essas práticas, no entanto, prejudicam o bioma e degradam o solo.

Com o ReDes, as famílias que integra a Ceiba puderam encontrar uma geração de renda alternativa, com o cultivo dos alimentos de maneira mais ecológica e sustentável. Com os primeiros aportes realizados, as 15 famílias que integram a associação participaram de cursos e workshops sobre técnicas de cultivo na policultura e agroecologia. “A ideia é que todos os associados tenham o mesmo nível de conhecimento para que possamos desenvolver nossas ações de forma cada vez melhor”, destacou Antônio.

Os investimentos iniciais também auxiliaram no processo de gestão da associação, com capacitações voltadas à administração, e em insumos para adubagem da produção. Novos aportes também estão previstos para a associação, com novas capacitações e aquisição de equipamentos.

Para Antonio, os próximos passos da Ceiba, para além do ReDes, são o beneficiamento dos produtos, com embalagens que informem sobre o cultivo agroecológico: “Considerando o tempo de existência da associação, já avançamos muito”.

#TodosGanhamAutonomia
Em parceria com as empresas da Votorantim, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Programa ReDes tem por objetivo contribuir com o desenvolvimento sustentável. A ação integra o Eixo de Dinamismo Econômico do Instituto Votorantim. Acompanhe-nos também pelo Facebook, Twitter e YouTube.