O artesanato é uma das áreas da Economia Criativa e a principal fonte de renda para muitas famílias que integram associações e cooperativas por todo o País.

Por ano, o setor movimenta R$ 50 bilhões e envolve 8,5 milhões de pessoas, segundo dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais de 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O artesanato também está presente em 78,6% dos municípios brasileiros, de acordo com o estudo.

Apesar disso, muitos artesãos e pequenos empreendedores têm dificuldade na hora de precificar seus produtos ou serviços.

Para facilitar essa etapa, listamos algumas informações sobre precificação desenvolvidas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae. Confira a relação completa abaixo:

Custo de produção x percepção de valor do cliente

Todo produto ou serviço oferecido tem um custo de produção. Ao calcular o valor final do seu trabalho, você deve levar em conta os gastos de produção, canais de distribuição – como ele chegará ao consumidor final, e as formas de promoção. Esta última etapa envolve a percepção de valor do cliente, ou seja, qual o valor atribuído pelo consumidor ao adquirir um bem ou serviço do artesão, e é também a mais negociável.

É importante nunca estabelecer um preço sem antes saber quais são os gastos das duas primeiras etapas. O valor cobrado deve proporcionar lucro para o artesão, sem ser elevado o bastante para desestimular a compra. Por outro lado, valores muito baixos podem depreciar o produto e têm o mesmo efeito que um preço elevado.

Composição do preço

Alguns itens devem ser levados em conta na precificação: custo, concorrência, consumidor e valor agregado.

Custo: todos os componentes necessários para a fabricação dos produtos, da matéria-prima aos impostos.

Concorrência: o preço dos seus produtos deve contrapor a concorrência, pensando na dinâmica de mercado.

Consumidor: para saber quanto o cliente está disposto a pagar, analise as possibilidades. Pesquisas de mercado, o cenário econômico e o perfil do consumidor (poder aquisitivo e hábitos de consumo).

Valor agregado: é necessário que o produto atenda a alguma necessidade ou desejo do cliente, para criar um elo. É por meio dessa ligação que os artesãos conseguem estabelecer o valor agregado de seu trabalho, pensando na valorização da peça.

Métodos de Precificação

Há três formas de calcular o preço de um produto: markup; preço-teto e percepção de valor.

Markup: o equilíbrio entre os custos de produção, comercialização, distribuição e divulgação do produto, somados à margem de lucro. É o método mais utilizado e seguro para definição de preços.

Preço-teto: identificação do preço mais alto do produto, com base no mercado. A partir disso, são feitos ajustes para reduzir despesas com os custos, aumentar a produtividade e o lucro.

Percepção de valor: neste método, a percepção dos clientes é um fator crucial para o preço praticado. São considerados descontos, prazos, juros, atributos da marca e serviços adicionais para agregar valores ao produto.

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