A consultora de dinamismo econômico do Instituto Votorantim, Denise Maellaro Ferreira, que participou como Grupo de Afinidades como especialista convidada para apresentar a nova metodologia, explica que o principal objetivo das mudanças é facilitar as adequações em diferentes localidades.

Denise é graduada em Engenharia de Produção e tem mestrado em Cooperação Internacional, Políticas Públicas e Projetos de Desenvolvimento. Está desde o começo deste ano no Instituto Votorantim, mas já tem uma longa trajetória no ReDes: atua desde 2012 no programa, primeiro como consultora e depois como coordenadora de campo. Como já trabalhou “na ponta”, conhece bastante as experiências e também as dificuldades vivenciadas pelos negócios inclusivos ao longo desses últimos anos.

Boa Prosa: Qual o objetivo das inovações na metodologia do ReDes?

DF: A grande novidade trazida pela nova metodologia, e um dos objetivos principais, é a possibilidade de realizar o acompanhamento dos negócios de forma customizada, adequando os processos a diferentes realidades. Para isso, eles poderão contar com equipes com experiência na sua cadeia específica que os auxiliam em pontos em que tenham mais dificuldades, seja produção, comercialização ou na melhoria da governança, por exemplo. Além disso, a intenção é, com a implementação da equipe administrativa, reduzir a carga burocrática dos grupos produtivos, permitindo que eles foquem no desenvolvimento negócio.

Boa Prosa: Quando os demais negócios inclusivos devem passar a vivenciar essas novidades?

DF: Este ano, além dos negócios inclusivos que participaram do Grupo de Afinidades, a nova metodologia está sendo aplicada no processo de seleção de projetos em três localidades: Alumínio (SP), Miraí (MG) e Niquelândia (GO). A partir de 2018, todos os novos negócios já iniciarão dentro da nova metodologia e aqueles negócios que já estão em andamento passarão a incorporar alguns elementos, de acordo com a necessidade de cada um.

Boa Prosa: Como você avalia a receptividade dos negócios que já estão implementando a nova metodologia?

DF: Durante o Grupo de Afinidades, fiquei feliz por confirmar que a percepção dos grupos produtivos é bem próxima à nossa e que o entendimento é que as mudanças na metodologia chegam para apoiar e facilitar o desenvolvimento dos negócios. Há também muita expectativa sobre o apoio de especialistas para desenvolvimento de pontos frágeis de cada empreendimento. Mas é importante frisar que os especialistas irão somente apontar o caminho a seguir, mas cada grupo será responsável por desenvolver essas ações. Já os facilitadores que participaram do Grupo de Afinidades mostraram bastante otimismo com a inclusão de ferramentas como a Régua de Maturidade e o Checklist de Sustentabilidade (saiba mais em Elos + Conexões). Isso é ótimo.

Assista ao vídeo com trechos da participação de Denise Ferreira no Grupo de Afinidades: